A Reforma Tributária já está sendo implementada e, embora boa parte das novas regras entre em vigor a partir de 2026, especialistas são unânimes em afirmar: quem ainda não começou a se preparar, está prejudicando a própria empresa.
Bernard Appy, secretário extraordinário da Reforma Tributária no Ministério da Fazenda, tem reforçado publicamente que a transição exige ajustes imediatos, inclusive por parte de empresas de menor porte.
Reforma Tributária também afeta pequenas e médias empresas: entenda o porquê
“Quem não se preparou já está atrasado”. A afirmação de Abby reflete o tamanho da transformação que se aproxima tanto para grandes corporações quanto para empresas do Lucro Presumido, Lucro Real e até mesmo para optantes do Simples Nacional, que, embora tenham regras específicas, também serão afetadas.
Ao participar do evento “Desafios da Reforma Tributária: como se preparar para as novas regras”, organizado pela Editora Globo na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Appy reconheceu que haverá um custo de ajuste para as empresas.
“É importante que as empresas comecem a se preparar para a transição e pensar como o novo sistema tributário afeta o seu modelo de negócio. Se alguma empresa hoje está celebrando um contrato que tem efeito para além de 2027 e não está considerando a Reforma Tributária, está atrasada. As empresas têm que considerar os efeitos dela no seu modelo de negócio. Desde já”, recomendou o secretário.
De acordo com a Firjan, um dos maiores desafios da Reforma será a adaptação de processos como precificação, emissão de notas, apuração e compensação de tributos. Empresas com estrutura mais enxuta podem sofrer mais nesse processo, especialmente se não tiverem suporte especializado.
Além disso, novas obrigações acessórias, mudanças nas alíquotas e a forma de recolhimento dos tributos (como o split payment) exigem adequação contábil, fiscal e estratégica.

Nova lógica tributária: menos distorções, mais competitividade
Bernard Appy afirma que em 2026 ainda não haverá cobrança de Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e, por esse motivo, todas as empresas terão no próximo ano acesso ao novo sistema para se acostumar a ele.
Essa será uma oportunidade, porque, ao ignorar essas mudanças substanciais, seu negócio perde competitividade e enfrenta riscos fiscais.
A Reforma busca corrigir distorções que hoje prejudicam a competitividade das empresas brasileiras. O novo modelo promete desonerar completamente os investimentos e as exportações, além de garantir que importações e produção nacional sejam tributadas de forma equivalente.
Na prática, isso significa um ambiente mais equilibrado para quem produz no Brasil e melhores condições para competir dentro e fora do país.
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- Quadro comparativo com os tributos atuais;
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Cada ano perdido pode custar milhões em créditos e competitividade.
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FAQ – Reforma Tributária 2026 a 2033
O que é a Reforma Tributária e por que ela é importante?
A Reforma Tributária consiste na modernização e simplificação do sistema fiscal brasileiro. Ela tem como objetivo substituir tributos atuais por novos impostos (CBS e IBS), reduzir a complexidade e estimular a competitividade das empresas, gerando um ambiente de negócios mais transparente e eficiente.
Como será o cronograma de implementação da Reforma Tributária?
A implementação ocorrerá gradualmente, começando em 2026 e se estendendo até 2033. Nos primeiros anos, tributos como CBS e IBS serão testados, seguidos pela extinção gradual de tributos antigos como PIS, Cofins, ICMS e ISS, conforme o cronograma descrito.
O que muda em 2027 na reforma?
Em 2027, a CBS entrará em vigor com uma alíquota de 8,7%, substituindo o PIS e a Cofins. Enquanto isso, os tributos estaduais (ICMS) e municipais (ISS) permanecerão inalterados, permitindo uma transição gradual nos anos seguintes.
Como a transição dos impostos estaduais e municipais será feita?
A migração do ICMS e ISS para o IBS acontecerá de forma progressiva: a partir de 2029, 20% da arrecadação passará para o IBS, atingindo 80% de transferência em 2032, até que, em 2033, esses tributos sejam totalmente substituídos pelo IBS.
Quais são as principais orientações para empresas se prepararem para a reforma?
É fundamental que as empresas realizem um planejamento tributário estratégico. Isso inclui ajustar sistemas de emissão de notas, recalibrar preços e margens, e revisar créditos tributários. Consultar especialistas e monitorar as mudanças em cada fase é essencial para evitar surpresas e aproveitar as oportunidades de mercado.